Acredito ser comum entre os aficcionados por Miss Austen fazerem a clássica pergunta: " O que Jane faria?" . Em seu vasto conhecimento sobre as relações humanas - mais precisamente as amorosas - , o que Jane faria se estivesse em meu lugar? Diante de tal situação? Ou melhor: que conselho nos daria?
Todas temos um pouco de alguma das heroínas que Austen deu vida em seus livros: a astuta Lizzy Bennet, ou a benevolente Jane. A resignada Anne Elliot, a intensa Marianne Dashwood e a racional Elinor. Talvez a sonhadora Catherine Morland, ou a doce Fanny. Quem sabe a dedicada Emma? E qual de nós nunca sofreu com um amor não correspondido? Ou com o arrependimento após ter rejeitado o afeto de alguém? Ou sofreu as consequências de um mal entendido? Ou esteve em dúvida sobre seus próprios sentimentos? Pensando sobre as obras de Jane, percebo que em todas elas as principais aflições femininas são debatidas. Nossas dúvidas, nossos ressentimentos, nossas mazelas. Sendo assim, concluímos: que grande conselheira seria Miss Austen! Gostaria de ter tido sua companhia num chá da tarde, ou num passeio nos jardins da minha casa. Seria um imenso prazer. Infelizmente, dois séculos e todo o oceano Atlântico nos separou. No entanto, sinto que Jane Austen vive em suas obras e em seus admiradores. Pretendo ensinar minhas filhas e netas a amá-la tanto quanto eu amo. E que continuem se perguntando: "O que Jane faria?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário